Desde que me entendo por gente, eu passo um grande tempo da vida pensando em possibilidades.
Eu não faço ideia se isso explica de alguma forma o fato de que, independente do caminho ou atitude que eu tenha, eu sempre penso no que poderia ter feito de diferente.
E é aí que eu caio numa armadilha muito maior, o da autocobrança.
Se algo vai bem, eu penso no que faltou para ser melhor. Se algo vai mal, além de lidar com essa frustração específica, eu vou percorrer mil caminhos mentais de tudo que eu deveria saber/querer/mover para evitar o fracasso.
O fato, é que nessa busca insana pelas justificativas, na busca de tal coerência, muitas vezes, focamos em só observar tudo o que ficou faltando fazer e acabamos ignorando por completo a imensidão de coisas que fizemos e conquistamos.
Então, vale lembrar: às vezes, fazer o que dá é tudo que se pode fazer. Amanhã a gente realinha as prioridades. Hoje, a gente aceita, respira e descansa (ou pelo menos tenta).
Pode ser?