Jovem diz ter sido agredido por PMs após recusar teste do bafômetro

Dra. Kátia Viegas
Dra. Kátia Viegas
Notícias
09 Junho 2013
Jovem diz ter sido agredido por PMs após recusar teste do bafômetro

Um escriturário de 21 anos afirma ter sido agredido por policiais militares porque se negou a realizar o teste do bafômetro, após ser parado em uma blitz, na madrugada deste domingo (9), em Franca (SP). Jeferson Luan Rodrigues sofreu ferimentos no olho esquerdo, no peito e nos braços. A Polícia Militar informou que investigará o caso.

A advogada do jovem, Kátia Teixeira Viegas, contou que Rodrigues foi abordado quando voltava de uma chácara com mais três amigos. Os policiais teriam exigido que o rapaz fizesse o exame para constatar a suposta embriaguez e solicitaram o aparelho etilômetro, que estava em outra viatura.

“Quando os PMs perceberam que ele não faria o teste, começaram a dizer que iam dar uns tapas nele. Então encostaram ele no carro e começaram a bater no rosto dele, dar socos nas costelas e nos braços”, afirmou Kátia, destacando que um dos amigos do jovem, de 17 anos, tentou impedir a agressão, mas foi imobilizado por um policial e também levou tapas no rosto e chutes nas pernas.

Rodrigues foi levado para a delegacia, onde passou por coleta de sangue – que apontará a suposta embriaguez – e exame de corpo de delito, que teria constatado a agressão. “O laudo médico comprovou que os ferimentos no olho, costelas e braços foram provocados por material contundente. Ele usa lente de contato e chegou a perder a lente”, disse a advogada.

Ainda de acordo com Kátia, depois do incidente, Rodrigues não consegue dormir e está com medo de ser perseguido pelos policiais ao sair de casa. O rapaz foi atendido em um hospital de Franca e permanecerá afastado do trabalho pelos próximos dias.

“Eu conheço a família dele e posso dizer que são pessoas honestas. Ele é chefe no escritório de contabilidade onde trabalha. O abuso de autoridade é nítido e a família não se conforma com as agressões, que estão se tornando cada vez mais comuns na polícia”, afirmou a advogada, que pretende entrar com uma ação contra o Estado por danos morais.

Vodka no carro

A versão da advogada diverge da apresentada pelos policiais militares na delegacia. No boletim de ocorrência, registrado como resistência, abuso de autoridade e embriaguez ao volante, sem flagrante, os PMs afirmaram que o jovem estava com os faróis do carro desligados e aparentava estar embriagado.

Segundo os policiais, Rodrigues concordou em realizar o teste, mas, com a chegada do bafômetro no local, recusou-se a passar pelo exame. Consta ainda no registro que uma garrafa de vodka foi apreendida no interior do veículo e que “foi necessário uso de força física moderada para condução do mesmo."

Por telefone, a assessoria de imprensa da Polícia Militar informou ao G1 que a corregedoria investigará o caso, mas, como o departamento não funciona aos finais de semana, só receberá a documentação pertinente nesta segunda-feira (10), quando poderá se manifestar sobre a suposta agressão.

Fonte: G1

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