Modelo transexual Maria Fernanda é agredida em posto de combustíveis em Franca

Dra. Kátia Viegas
Dra. Kátia Viegas
Notícias
08 Setembro 2020
Modelo transexual Maria Fernanda é agredida em posto de combustíveis em Franca

A modelo transexual Maria Fernanda Fernandes Gonçalves, de 28 anos, foi vítima de uma agressão na madrugada do último sábado, em um posto de combustíveis no bairro São Joaquim, em Franca (SP). Com mais de 170 mil seguidores no Instagram, Maria Fernanda é conhecida no meio da moda, já desfilou para grifes internacionais e foi capa de revista masculina. Ela afirma ter sido alvo de um ataque motivado por preconceito.

Segundo a vítima, ao menos cinco pessoas participaram da ação. Entre elas, dois homens e três mulheres que estavam em uma caminhonete na área externa do posto. Maria Fernanda relata que foi alvo de xingamentos transfóbicos e, ao questionar o motivo das ofensas, acabou sendo agredida violentamente.
“De repente eu não vi mais nada, me empurraram com muita força, fiquei sem ar, caí no chão e começaram os chutes. Minhas pernas ficaram cheias de hematomas e minha orelha foi cortada”, contou a modelo.

As agressões deixaram marcas visíveis pelo corpo e resultaram na perda de um brinco e no dano ao celular da vítima. Maria Fernanda registrou boletim de ocorrência no 2º Distrito Policial de Franca e passou por exame de corpo de delito. O delegado responsável solicitou as imagens das câmeras de segurança do posto para identificar os agressores.

A advogada da modelo, Dra. Kátia Viegas, afirmou que o caso será conduzido como crime de lesão corporal motivado por preconceito e que buscará reparação tanto material quanto moral.
“Está muito claro, diante dos relatos dela, que houve discriminação. Não podemos permitir esse tipo de violência. Além das agressões físicas, Maria sofreu danos materiais e morais que precisam ser reparados judicialmente”, explicou a advogada.

Maria Fernanda reforçou que não pretende deixar o episódio impune.
“Eu sou humana e exijo respeito. Quero que a Justiça seja feita para que essas pessoas aprendam a não repetir o que fizeram comigo”, declarou.

O caso segue em investigação pela Polícia Civil de Franca.

Fonte: Record Interior SP

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